Pessoas são sempre presentes. Algumas têm um embrulho bonito, como os
presentes de Natal, Páscoa ou Aniversário. Outras vem em embalagens comuns,
como aquelas de embrulhar pão, e há também as que chegam bem empacotadas, mas
"machucadas pelo correio".
De vez em quando chega um pacote registrado. São os presentes valiosos,
mas que nem por isso chegam embrulhados em papel de seda com fitas prateadas. O
curioso é que trazem "invólucros fáceis". Enquanto outras surgem em
embalagens dificílimas, quase impossível de ser desembrulhadas. É fita durex
que não acaba mais! Parece que não querem sair do pacote... Porque será que
alguns presentes são mais complicados de abrir? Talvez porque dentro da bonita
embalagem haja muito pouco valor...
Mas a embalagem não é o presente, e nem sempre indica o que tem dentro.
Há sempre uma surpresa por baixo do papel. Acontece que tanta gente se engana,
confundindo embrulho com conteúdo...
Também você, como eu, somos um presente para os outros. Você para mim,
eu para você. Triste seria se a gente fosse apenas embalagem – presente muito
bem guardado, com nada lá dentro.
Porque quando existe verdadeiro encontro com alguém, no diálogo, na
amizade, no amor, deixamos de ser mera embalagem e passamos à categoria de
verdadeiros presentes. Nestas ocasiões, acontecem coisas muito comoventes e
essenciais: mutuamente, as pessoas vão se revelando.
Você já experimentou essa alegria? É um prazer profundo, que vem da
alma, quando duas pessoas se abrem virando presente uma para a outra.
Ter conteúdo é o segredo para quem deseja tornar-se "presente"
e não apenas embalagem. Por tudo isso, seja pessoa, e não apenas embalagem bonita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário