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Fui numa palestra gratuita da filósofa Dulce
Magalhães, que tinha como tema, um pouco do que trata o seu livro “O foco define a sorte – A
forma como enxergamos o mundo faz o mundo que enxergamos”.
Durante
todo o tempo em que a assisti falando, pincelei e anotei alguns pontos que
julguei interessantes, de acordo com o significado que tudo o que eu ouvi,
representava pra mim. E desde então, vinha querendo passar a limpo o que eu
anotei para o computador, pra guardar esse arquivo numa pasta que criei,
específica para essas mensagens.
Então
que ontem, quase quatro meses depois, consegui cumprir essa minha pendência e
fiquei impressionada, como tudo o que anotei naquele dia, tem toda uma ligação
com tudo o que eu venho aprendendo nesses últimos tempos, através da minha
terapia, do meu processo de coaching e
das minhas próprias reflexões.
E
por mais que toda essas “coincidências” me fascinem por completo, continuo
tendo o receio, como mesmo disse no começo desse post, de que tudo o
que eu digo, pareça ser sempre a mesma coisa. Porque por mais que até seja a
mesma coisa, por mais que ao final, a mensagem seja a mesma, existem inúmeros
caminhos para que possamos chegar a ela. E cada um, deve escolher o seu. Cada
um escolhe aquele caminho pelo qual, seja mais fácil de absorver a ideia. Pode
ser pela leitura de um livro, por alguma espécie de terapia, por alguma
palestra que se assiste, por uma frase compartilhada numa rede social. Whatever. O
essencial, o que importa, é que todos, de alguma forma, se deem conta de que:
somente eles são responsáveis pelas suas vidas, pelas suas escolhas, e consequentes
renúncias, e pelo enredo que se faz de toda sua história.
Tudo
o que eu escrever a partir de agora, foi praticamente tudo que ouvi da Dulce
Magalhães, dos seus anos de aprendizado, mas, transcrito depois, de ter passado
pelas minhas reflexões.
Quando
muitas vezes as pessoas reclamam que não tem sorte na vida, que nada dá certo,
provavelmente é porque elas não andam dando o foco necessário àquilo que
desejam que aconteça. Isso significa que elas não andam voltando o seu olhar,
que elas andam observando e percebendo as suas vidas como elas são (no caso, as
pessoas) e não como a vida se mostra de verdade. Grande parte dos nossos
conhecimentos são provenientes de uma espécie de alfabetização. Sabemos somar,
diminuir e multiplicar,por exemplo, porque estudamos isso durante muitos anos
da nossa vida. E assim também deve ser com todos os acontecimentos que surgem
durante ela. Quando alegamos que não sabemos por que as coisas não dão certo,
nos julgamos ignorantes, e essa ignorância pode nos servir como uma espécie de
proteção.
Assim
como qualquer pessoa pode aprender a falar mandarim, caso se dedique com afinco
à essa tarefa, qualquer pessoa pode aprender a perceber tudo o que acontece ao
seu redor, o porquê de muitas vezes, apesar de termos um objetivo, não conseguirmos
alcançá-lo de forma alguma.
Lembro
que a Dulce frisou muito a questão de como somos incoerentes e, portanto,
desfocados. Como fazemos uma errônea equação entre aquilo que queremos e o que
fazemos para alcançá-lo. Ela deu um exemplo simples, mas que fica bem fácil de
entender. Se alguém deseja emagrecer, seja por qualquer razão ou motivo, por
exemplo, sabe que não deve comer batata frita. Afinal, esse é um alimento
constituído quase que 100% por gordura saturada e altamente calórico. Então, se
queremos qualquer coisa na nossa vida, porque muitas vezes não paramos para
pensar sobre as atitudes que estamos tendo na busca desse objetivo?
Tudo na
nossa vida é uma consequência dos nossos atos e escolhas, ou a ausência deles. Tudo
o que acontece na nossa vida, advém apenas de nós mesmos, e de mais ninguém. Ninguém pode deixar de comer batata
frita por nós, ninguém pode tomar uma decisão por nós.
Como
diz a minha frase preferida e como mesmo disse a Dulce, durante a sua palestra,
nós somos fruto das nossas escolhas. Por isso o foco é tão importante.
Se
você nunca fez uma lista de metas, objetivos, nunca deu um foco na sua vida,
como vai perceber resultados nas suas escolhas?
A
Dulce lançou essas perguntas durante a palestra e eu as repasso aqui pra vocês:
O
que você quer mudar?
O
que você esta fazendo para mudar?
Quantas
vezes nós desejamos algo, mas não deixamos claro pra nós mesmos, que esse é o
nosso foco e então acabamos fazendo escolhas que não condizem em nada com o
alcance dele? Aí, decidimos culpar outras pessoas, mesmo que inconscientemente,
por essa nossa incoerência.
“Porque o meu marido nunca permitiu que eu
trabalhasse”, “Porque
eu tive filho e
acabei deixando minha vida para
trás”,
“Porque eu sempre precisei trabalhar pra sustentar minha mãe e não pude estudar”. Culpar os
outros parece mais fácil, não?
Acontece
que como eu e um mundo de mensagens insistem em dizer, somente você pode mudar
a sua vida e a grande mudança que você tanto quer que aconteça, precisa
primeiro partir de você mesmo.
Vocês
conseguiram responder as perguntas ali de cima? Ou conseguem pensar quais são
as perguntas que vocês desejam jogar pro mundo? Conseguem definir qual o seu
foco ou o seu propósito no dia de hoje?
Como
a Dulce também disse durante a palestra, “Todo dia nós somos uma flecha lançada, mas precisamos ter um alvo
(…)Quando você sabe a sua pergunta, tudo se torna resposta. Se você tem um
alvo, é mais fácil acertar”. E pra sabermos se o nosso alvo era o
que realmente queríamos, precisamos arriscar, precisamos escolher, pra quem
sabe então, mudarmos de ideia.
Nós
só encontramos aquilo que buscamos. Aquilo que escolhemos encontrar e não o que
a sociedade nos diz que é o que tem que ser feito. Nesse
caminho de descobrir qual o seu foco, você também precisa ficar atento às
armadilhas que o mundo te impõe e que às vezes te fazem desfocar totalmente.
Quase
no final da palestra, a Dulce Magalhães mencionou ainda, um fato do qual eu
também sempre me coloco a observar. Entre todos que estavam presentes,
percebia-se nitidamente, quem já estava nesse caminho de querer focar a sua
vida e quem estava ali somente a passeio. Pois, houve os que, assim como eu,
saíram dali, extasiados com tantas informações preciosas, e os que saíram da
mesma maneira que entraram, sem saber quais são as suas próprias perguntas, os
seus próprios propósitos e que dali, portanto, não enxergaram resposta alguma.
Em
qual desses grupos você se enquadra?
Você
também anda por aí, resmungando que não tem sorte na vida, ou já percebeu que
precisa ampliar o seu olhar, pra então se dar conta de que tudo o que você
recebe de fora, é exatamente um reflexo do que você emana de dentro?
E
nessa incessante e deliciosa busca, também existe a importância de você
determinar quais são os seus valores.
Por:
Juliana Baron Pinheiro
http://delicinhasdepera.com.br/por-juliana-baron-por-uma-vida-desequilibrada